Gleisi diz que o povo não quer congresso que privilegie os mais ricos
A ministra de Relações Institucionais falou sobre a isenção do IR
Radioagência Nacional - Por Pedro Lacerda
Publicado em 03/10/2025 09:53
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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, disse nesta quinta-feira, em entrevista ao programa ‘A voz do Brasil’, que a atualização da tabela do imposto de renda vai garantir mais justiça tributária no país. A expectativa do governo é de que a desoneração do IR deve beneficiar mais de 26 milhões de pessoas, o que representa 65% dos contribuintes brasileiros.

“É uma questão de justiça tributária. O Brasil é um país com muita concentração de renda, poucos ganham muito e pagam pouco imposto e muitos ganham pouco e pagam muito imposto. Isso não é justo. A maioria da carga tributária no Brasil recai sobre os ombros dos trabalhadores e não dos muito ricos. Os muito ricos não recebem salários, recebem lucros, dividendos, que são isentos de impostos”.

Na avaliação da ministra, a aprovação da proposta é o início de um processo que busca criar um sistema tributário mais justo, seguindo a lógica de que quem ganha mais tem que pagar mais imposto, com a chamada tributação progressiva sobre a renda.

Ao ser questionada sobre a unanimidade na aprovação do projeto pela Câmara dos Deputados, com 493 votos favoráveis, Gleisi explicou que é muito difícil um parlamentar ser contrário a uma medida que vai beneficiar a grande maioria da população trabalhadora.

“O presidente mandou em março, desde lá a gente tem conversado, tem feito manifestações, tem mobilizado a opinião pública e eu acredito que as últimas manifestações que nós tivemos no Brasil, no domingo retrasado, foram muito importantes, porque a Câmara dos Deputados sentiu que o povo não quer mais um congresso, uma Câmara que privilegie os mais ricos”

A isenção total incluirá quem ganha até R$ 5 mil por mês, e haverá descontos gradativos para rendas até R$ 7.350. A expectativa da ministra é de que o projeto tramite com rapidez no Senado Federal

Fonte: Radioagência Nacional
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